O ponto de poder está no momento presente.
(Louise Hay)
Olá mulheres maravilhosas! Espero que todas estejam bem!
Sabemos o quanto é difícil se desligar do mundo porém, quando temos essa percepção, conseguimos entender padrões que nos levam a criar ansiedade, estresse, tristeza, exaustão e etc.
Quando a mente está cheia dessas coisas, não há “espaço” para a calmaria, que é quando realmente podemos produzir, ter insights, ou seja, precisamos de momentos de clareza para as nossas resoluções.
Nosso estado de humor muda sempre e é natural que seja assim. O que não é normal é que certos padrões de pensamentos geram estados prolongados de emoções e sentimentos como infelicidade, ansiedade, estresse, exaustão, irritação e outros. Até mesmo euforia e outras variações emocionais que possam parecer positivas, quando em excesso mostram que há desequilíbrio e em longo prazo, ansiedade crônica ou depressão.
Willians e Penman (2015) alertam para a importância do entendimento do funcionamento da mente como forma de evitar entrar em ciclos de autojulgamento e recriminação que possam refletir no nosso estado atual e colocam a prática do mindfulness, como estratégia par romper com hábitos de pensamentos e comportamentos para dissolver esses padrões e tornar a nossa vida mais plena e gratificante.
Para assumirmos esse controle precisamos aprender a SER. Para isso, temos que acolher todos os sentimentos difíceis que podem ter nos acometido em qualquer ponto da nossa existência (passado ou presente) para que possamos curá-los. Em muitos momentos, é preciso perdoar a nós e aos outros para que a escuta interna consiga fluir melhor.
Aprender a aceitar as nossas emoções e sentimentos pode parecer perturbador e desconfortável, mas reprimir ou ignorar pode se muito mais doloroso. Tornar-se consciente e aprender a lidar com as experiências emocionais faz com que consigamos reparar os problemas de forma adequada.
Uma nutrição inadequada, repleta de alimentos processados pode influenciar negativamente nas nossas emoções. O processo de industrialização, embora tenha facilitado imensamente a nossa vida, adicionou diversas substâncias aos alimentos que trazem muitos prejuízos a nossa saúde como hormônios, antibióticos, adoçantes artificiais e até os vegetais sofrem com isso, pois estão cheios de agrotóxicos para terem maior durabilidade e serem produzidos fora de época. Tudo isso contribui não apenas para a saúde física, mas para a emocional uma vez que somos seres integrados.
O excesso de produtos sintéticos na produção de alimentos diminui a qualidade nutricional e com isso ingerimos menos nutrientes. E o que a indústria farmacêutica faz? Coloca isso em cápsulas e nos faz acreditar que precisamos tomar suplementos. E isso vira um ciclo vicioso do qual é fácil se livrar, mas que precisa de disposição e coragem para voltar a comer comida de verdade, reservar tempo para mastigar, para se hidratar, respirar, meditar e cozinhar.
Os alimentos orgânicos tem ganhado espaço no mercado e é uma ótima maneira de trazer alimentos naturais, sem pesticidas para a nossa mesa, mas ainda tem o empecilho do preço em alguns locais. Mas ainda assim, é possível conseguir uma alimentação melhor no dia a dia, evitando os alimentos processados, que tenham aromatizantes, corantes, conservantes com a leitura dos rótulos; procurando cozinhar mais em casa e levando marmita para o trabalho quando possível; procurando ir mais a feiras livres e evitar comidas de fast-food.
Quando adicionamos exercício físico à nossa rotina, conseguimos intensificar os benefícios de prestar mais atenção à nossa mente e aos nossos sentidos. Por isso, o famoso combo alimentação + ativiidade física, associado a práticas de controle emocional como o mindfulness são estratégias eficazes para a melhora de estilo de vida e bem estar geral.
O mindfulness ou atenção plena nos conecta ao corpo. As pessoas que praticam mindfulness experimentam um aumento na atividade do lado esquerdo de uma área do cérebro chamada córtex cingulado anterior. A ativação dessa estrutura está ligada a uma atitude e emoções positivas e ao longo do tempo elas começam a se sentir melhores, reduzindo depressão e ansiedade e isso torna a nossa vida muito melhor.
Além disso, a consciência plena tende a acalmar a parte do cérebro que exagera a gravidade das situações, melhora a abordagem de emoções ligadas a raiva e ressentimento (claro que não desaparece por completo, pois isso é impossível - precisamos entender que emoções negativas são normais, elas vão existir na nossa vida e precisamos conviver com elas de forma natural), mas evita a atenção exagerada principalmente no direcionamento à raiva e com isso acalmamos as emoções.
A observação atenta de detalhes do seu dia a dia pode ajudar a fazer pequenas mudanças e a partir delas, enormes transformações. Você pode identificar seus hábitos de vida, suas preferências. Que horas você acorda? Que horas você vai trabalhar? Por quanto tempo trabalha realmente? Quanto tempo reserva para si mesmo? Costuma meditar ou orar? Tem algum tempo de total silêncio? Pausa para observar a sua respiração? Que livro está lendo atualmente? Como é o funcionamento do seu corpo (batimento cardíaco, bexiga, intestino)? Quantas pausas você realiza para beber água? O que te desestabiliza no seu dia a dia (fisicamente e psicologicamente)? Quem são as pessoas que te deixam assim? Quem são as pessoas que te trazem sensações boas e como isso deixa o seu corpo (exemplo: cansaço, dor, sono, suar frio, mudança de apetite, dor de cabeça, calor, mudança no padrão da respiração, insônia, etc.)?
Então, a minha proposta hoje é trazer alguns exercícios que possa ajudar no controle de pequenas irritações da vida, para que elas não virem grandes monstros e em vez de piorar iremos meditar nelas. Com esses pequenos controles, ao longo do dia, vamos deixando de descontar na comida. Essa é das possibilidades que temos dentre várias ferramentas dentro da nutrição comportamental. Vamos deixar que pequenas coisas sem importância apenas existam.
Exemplos:
- Fique em pé em uma escada rolante, do lado correto e tenha consciência dos passantes ao seu redor;
- Pegue o lixo que alguém jogou na rua (sem julgar a pessoa!) e o coloque na lixeira com os seus pensamentos negativos;
- Se ouvir alguém gritar de raiva no trânsito deixe isso fluir e passar por você;
- Caso precise de um lugar no ônibus ou metrô, pergunte educamente se a pessoa faria a gentileza de deixar você sentar-se;
- Ao passar por uma porta, segure-a para quem estiver atrás de você;
- Peça o que precisa ou deseja: um copo d’água, que uma janela seja aberta, etc.;
- Perdoe atrasos ou adiamentos usando o momento para apreciar o ambiente à sua volta.
Que outras atividades você pode inserir no seu dia a dia para controlar suas emoções?
Entender a nossa essência e saber como estamos no ajuda a alcançar uma vida mais equilibrada e saudável, compreendendo a responsabilidade que temos para resolver as nossas questões emocionais, uma vez que nossas estruturas físicas, mentais e espirituais está recebendo estímulos o tempo todo.
Um abraço e até o próximo post!
Referências:
Alvarenga, M. Antonaccio, C. Figueredo, M. Timerman, F. Nutrição Comportamental. Manole, 2015.
Deram, S. O peso das dietas. Editora Sensus, 2014.
Farah, E.E. Mindfulness para uma vida melhor. Rio de Janeiro: Sextante, 2018.
Hay, L. L. Você pode curar sua vida. 21.ed. Rio de Janeiro: BestSeller, 2015.
Monroe, J. Mindful eating: principles and pratice. American Journal of Lifestyle Medice. 9(3), 2015.
Roseberg, M. B. Comunicação Não-Violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006.
SWEET, C. Mindfulness o dário: companhia indispensável para um dia sem estresse. Rio de Janeiro: BestSeller, 2015.
Weil, P.; Tompakow, R. O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal. 74.ed. Petrópolis: Vozes, 2015.
Williams, M. Penman, D. Atenção Plena – Mindfulness: Como encontrar a paz em um mundo frenético. Rio de Janeiro: Sextante, 2015.
Título super convidadtivo que me fez parar para ler com calma e refletir como estou e buscar construir mudanças na minha vida. Gratidão