Ser mãe é meu ofício. Mas não é minha vocação.
- Mylena Ramos
- 7 de mai.
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Mylena Ramos

Ser mãe é meu ofício. Mas não é minha vocação.
Eu sou mãe.
Com todo o amor, com toda a entrega, com todas as cicatrizes visíveis e invisíveis.
Mas preciso dizer, em voz alta, com o coração aberto:
não é a maternidade que me define por completo.
Ser mãe é o ofício mais sagrado e mais exaustivo que carrego.
É renúncia.
É presença.
É amar mesmo quando não sobra nada.
Mas minha alma…
Ela ainda grita por outros nomes.
Ela quer criar. Inventar. Liderar.
Ela quer existir além do cuidado.
A maternidade me ensinou muito.
Me transformou.
Mas ela não é tudo o que sou.
E não quero nem devo fingir que é.
Quando me calo, o mundo continua dizendo às mulheres que elas precisam desaparecer quando se tornam mães.
Que seus sonhos agora são luxo.
Que seus desejos devem esperar.
Mas e a mulher que ainda mora aqui dentro?
Ela sente saudade de si.
Ela também merece espaço.
Ser mãe é um papel que honro todos os dias. Mas minha vocação é muito maior.
Ela pede palco, caderno, microfone, silêncio, escolha.
Eu não quero escolher entre ser mãe e ser eu.
Quero viver tudo o que sou. Com verdade.
Sem culpa.
Sem esconderijo.
Sem me justificar.
Esse é o meu manifesto.
Um grito terno.
Um sussurro valente.
Um convite.
E você, mulher — já se perguntou onde termina a mãe e começa a sua vocação?
Realmente é desafiador ter que escolher ser mãe e ser nós mesmas. Somos muito mais e expor a sociedade que escolhemos não perder nossa essência no dia a dia, nos fortalece .
Que profundo e verdadeiro, lendo e revivendo muitas versões e impressões de mim mesma.
Por muito tempo, me anulei para ser apenas mãe indo no fluxo da sociedade e me sentindo perdida de meus sonhos e desejos.
Lindo texto
Quanta verdade 🤎
Nossa, que profundo. Foi realmente assim que senti por um tempo, as pessoas tentam fazer a mulher desaparecer, até que só reste a mãe que habita em nós. E é muito difícil lutar contra, quando gritamos que ainda existimos, o que ecoa, é que só pensamos em nós, então somos tidas como egoístas, insensatas e insensíveis. Vou compartilhar muito esse texto, me reflete.