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Ser mãe é meu ofício. Mas não é minha vocação.

Mylena Ramos


Imagem gerada por inteligência artificial
Imagem gerada por inteligência artificial

Ser mãe é meu ofício. Mas não é minha vocação.


Eu sou mãe.

Com todo o amor, com toda a entrega, com todas as cicatrizes visíveis e invisíveis.


Mas preciso dizer, em voz alta, com o coração aberto:

não é a maternidade que me define por completo.


Ser mãe é o ofício mais sagrado e mais exaustivo que carrego.

É renúncia.

É presença.

É amar mesmo quando não sobra nada.


Mas minha alma…

Ela ainda grita por outros nomes.

Ela quer criar. Inventar. Liderar.

Ela quer existir além do cuidado.


A maternidade me ensinou muito.

Me transformou.

Mas ela não é tudo o que sou.


E não quero nem devo fingir que é.


Quando me calo, o mundo continua dizendo às mulheres que elas precisam desaparecer quando se tornam mães.

Que seus sonhos agora são luxo.

Que seus desejos devem esperar.


Mas e a mulher que ainda mora aqui dentro?


Ela sente saudade de si.

Ela também merece espaço.


Ser mãe é um papel que honro todos os dias. Mas minha vocação é muito maior.

Ela pede palco, caderno, microfone, silêncio, escolha.


Eu não quero escolher entre ser mãe e ser eu.

Quero viver tudo o que sou. Com verdade.

Sem culpa.

Sem esconderijo.

Sem me justificar.


Esse é o meu manifesto.

Um grito terno.

Um sussurro valente.

Um convite.


E você, mulher — já se perguntou onde termina a mãe e começa a sua vocação?

4 Comments


Thaissa Moreno
May 10

Realmente é desafiador ter que escolher ser mãe e ser nós mesmas. Somos muito mais e expor a sociedade que escolhemos não perder nossa essência no dia a dia, nos fortalece .

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Alessandra Mattos
May 10

Que profundo e verdadeiro, lendo e revivendo muitas versões e impressões de mim mesma.

Por muito tempo, me anulei para ser apenas mãe indo no fluxo da sociedade e me sentindo perdida de meus sonhos e desejos.

Lindo texto


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Guest
May 08

Quanta verdade 🤎

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Nossa, que profundo. Foi realmente assim que senti por um tempo, as pessoas tentam fazer a mulher desaparecer, até que só reste a mãe que habita em nós. E é muito difícil lutar contra, quando gritamos que ainda existimos, o que ecoa, é que só pensamos em nós, então somos tidas como egoístas, insensatas e insensíveis. Vou compartilhar muito esse texto, me reflete.

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