Palestras, Oficina ou Workshop, Mestre de Cerimônias, Mediação de painéis, Facilitação
Sobre
Cynthia Mariah é uma força criativa na moda brasileira contemporânea. Estilista, pesquisadora, artista multimaker e afrofuturista reconhecida, é membra da rede internacional BSAM (Black Speculative Arts Movement) e uma das referências mais atuantes no desenvolvimento de arte e moda afro-brasileira decolonial, autoral e socialmente engajada. Natural da zona sul de São Paulo e atualmente residente na zona rural de Santa Isabel-SP, Cynthia constrói a partir do território uma plataforma potente de produção cultural, formação, pesquisa e resgate de saberes ancestrais negros. É idealizadora do Ateliê Cynthia Mariah, CEO do Estúdio Consciente — um espaço agrocultural voltado à cultura, modos de viver e arte com base sustentável e afrocentrada —, fundadora do Núcleo de Pesquisas em Modas Africanas e Afrodiaspóricas e coordenadora de estudos e pesquisas da ANAMAB (Associação Nacional de Moda Afro-brasileira). Também é fundadora do Coletivo Pretas que Criam e criadora do Santa Isabel Rosa Fashion, evento que articula moda, território e ancestralidade na cidade onde atua.
Com 20 anos de trajetória, iniciou sua carreira em 2004 e é formada em Design de Moda pela FATEC Carlos Drummond de Andrade, com formação técnica em corte, costura e maquiagem pelo Centro Paula Souza. Foi mestranda no Programa de Pós-Graduação em Têxtil e Moda da USP (EACH), onde aprofundou suas investigações sobre moda, africanidades e afrofuturismo. Seu trabalho tem como missão resgatar histórias, práticas e expressões da cultura negra, criando pontes entre tradição e inovação. Ao longo da carreira, desenvolveu metodologias próprias para democratizar o ensino da moda fora dos moldes eurocentrados, promovendo acesso a saberes plurais e libertadores.
Como educadora e produtora cultural, atua em importantes instituições como SESCs, Senac, UFBA e USP, ministrando cursos e oficinas sobre moda afro-brasileira, joalheria afrodiaspórica, corpos plurais, desenho, acessórios e técnicas têxteis. Sua contribuição também se manifesta em palestras e mesas de debate sobre representatividade, patrimônio cultural e estética negra, como no Fórum de Moda do MinC, na São Paulo Fashion Week e em eventos voltados à moda inclusiva e identidade urbana e étnica. É convidada frequente em bancas de TCC e já colaborou com marcas como Pegada Preta, Cresposim e Resisto OPM, voltadas à moda urbana preta.
Cynthia protagonizou em 2024 um marco na história da moda brasileira ao realizar o primeiro desfile de moda dentro de uma sessão solene na Câmara dos Deputados, em Brasília, em comemoração ao Dia da Consciência Negra. Nesse mesmo evento, foi mentora da exposição "Tecendo Histórias: A trama negra na moda afro-brasileira", reafirmando seu papel como pesquisadora e articuladora de narrativas que reposicionam os corpos e saberes negros no centro da moda nacional. Também foi contemplada com projetos pela Lei Aldir Blanc (2021) e pela Lei Paulo Gustavo (2024), consolidando seu compromisso com a valorização da cultura afro-brasileira por meio de políticas públicas e ações afirmativas.
Atualmente, é presidente do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra Isabelense, promovendo ações de conscientização, resistência e valorização da população negra no município de Santa Isabel, fortalecendo políticas de igualdade racial com articulação local e territorial. Sua atuação conecta a estética à política e reafirma a importância da presença negra nas decisões públicas.
Seu maior sonho é fazer com que as pessoas se orgulhem de suas origens — e essa missão pulsa em cada uma de suas criações, falas, costuras e projetos. Ao apoiar suas iniciativas, empresas e instituições se associam a um trabalho transformador, comprometido com a diversidade, a sustentabilidade, o empreendedorismo criativo e o resgate histórico da população negra. Cynthia Mariah não apenas cria moda — ela transforma territórios, constrói memórias e inspira futuros possíveis.
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“Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela” Angela Davis, 2017
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