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RE{CICLAR}: AS CHAVES DO NOVO {CICLO} DAS MÃES NEGRAS DO BRASIL


Por Anete Otília| Doutora em Educação | Palestrante- Membra e protagonista Plataforma Mães Negras


O que a matemática explica sobre o significado de Re{ciclar}.


Re{ciclar}: Eis que se anuncia um novo tempo-movimento, que conecta o passado, o presente e o futuro em torno da potência das Mães Negras do Brasil, que se reconhecem como protagonistas, criadoras e multiplicadoras de excelência. Ao escrever re{ciclar}, com {ciclar} entre chaves, intui-se algo para além de um gesto estético. Transforma-se em um ato simbólico e matemático que expressa o poder do retorno consciente, da repetição que transforma, da continuidade que gera evolução.


Na matemática, as chaves representam agrupamentos, conjuntos e sistemas interligados. Quando colocamos {ciclar} entre chaves, elencamos algumas características que esse ciclo tem: a não linearidade e um conjunto dinâmico de experiências, aprendizagens e renascimentos. Assim, re{ciclar} é reorganizar elementos do conjunto, ressignificar o que já existe e criar combinações que fortalecem a coletividade.


Re{ciclar}: Movimento das Mães Negras do Brasil


Para a comunidade de Mães Negras do Brasil, re{ciclar} inspira um movimento de reescrita de suas trajetórias, um convite para reconhecer-se e reconhecer a ancestralidade como alicerce, considerando o presente como campo fértil e o futuro como expansão de suas possibilidades.


O novo {ciclo} para 2026 é a profecia de um tempo em que o nosso protagonismo feminino negro se multiplica em diversas redes: de apoio, saber e abundância. O uso das chaves é o símbolo de que cada mulher é um conjunto vivo, aberto, em constante (re){ciclagem, no qual, corpo, mente e espírito estão em movimento de criação.


Inaugura-se, assim, o tempo de re{ciclar}, tempo de abrir chaves, acessar memórias, gerar novas fórmulas de (re)existência e afirmar que, dentro de cada {ciclo}, pulsa o infinito poder de recomeçar.


Por que escrever re{ciclar} com chaves e não com parênteses ou colchetes?


Assim como na matemática, os parênteses, colchetes e chaves apresentam diferenças bem pontuais, principalmente quando utilizamos nas expressões numéricas, aqui ampliaremos esse olhar.


A diferença entre escrever re(ciclar), re[ciclar] e re{ciclar} vai muito além da forma gráfica. Essas formas de escrita expressam dimensões distintas do pensamento simbólico e matemático, e pode ser profundamente ressignificada dentro da força ancestral e do coletiva das Mães Negras do Brasil. Dessa maneira, faço algumas distinções entre essas grafias simbólico matemáticas:


i) Re(ciclar) com parênteses:


Os parênteses, na Matemática, delimitam uma operação que precisa ser resolvida primeiro. Indicam prioridade, um foco instantâneo. Simbolicamente, re(ciclar) expressa um processo interno e individual, um recolhimento, olhar-se para dentro, com cuidado, delicadeza. Esse é um momento de introspecção, de trabalhar as dores e memórias pessoais antes de se expandir para o coletivo. É o ciclo íntimo, onde cada Mãe Negra do Brasil retorna ao seu centro.


ii) Re[ciclar] com colchetes:


Os colchetes agrupam operações matemáticas que contêm parênteses, se constituindo como níveis intermediários de organização. Representam camadas, estrutura, construção de pensamento coletivo. Escrever re[ciclar] sugere um movimento de interconexão, onde as histórias individuais se encontram e se sustentam mutuamente. Aqui, o ciclo não é solitário, mas comunitário: as Mães Negras do Brasil formam redes de apoio e reciprocidade, trocando saberes e energia.


iii) Re{ciclar} com Chaves:


As chaves delimitam, matematicamente, os conjuntos maiores, sistemas completos, totalidades. As chaves reúnem tudo o que está dentro como parte, de uma unidade viva. Escrever re{ciclar} é declarar que o ato de ciclar transcende o pessoal e o comunitário. Re{ciclar} é ancestral e universal.


As chaves abrem portais e simbolizam acesso e poder. Representam a totalidade das experiências, as que vieram antes, as que estão sendo vividas e as que ainda virão. Para a comunidade das Mães Negras do Brasil, re{ciclar} é o verbo da reconstrução ancestral, onde cada Mãe é guardiã de saberes, abrindo as chaves da memória e inaugurando novas possibilidades de existência.


Sendo assim, ratifico e corroboro com a importância do Re{ciclar}, pois ele traz, dentro de si, todas as outras formas, desde o individual dos parênteses, ao coletivo dos colchetes, reunidos em um conjunto maior, sagrado e contínuo, na forma de chaves. As chaves de re{ciclar} simbolizam a possibilidade de abrir e encerrar ciclos, de guardar, mas também revelar segredos, de transformar experiências em sabedoria. Portanto, re{ciclar} é um ato que traduz espiritualidade e traz a matemática da (re)criação: a infinitude de nossas lutas e conquistas contida entre chaves.


Anete Otília| Doutora em Educação


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