Reexistir
- Lella Escocia
- 18 de jul.
- 2 min de leitura
Lella Escocia - Consultora de Imagem e Membra Protagonista (clique aqui para conhecer)
Maternar é uma delícia, apesar da carga.
Mas hoje, não quero falar sobre a maternidade.
“A gente só oferece aquilo que transborda. Aquilo que, ao dar, não nos fará falta.”
Ouvi essa frase casualmente, enquanto fazia as unhas. Para alguns, um detalhe. Para mim, um ritual de autocuidado — algo que sempre me trouxe prazer, mesmo quando o mundo parecia não caber.
Mas nem sempre foi assim.
Em algum momento da jornada, me perdi de mim.
Tenho lembranças vivas da infância e adolescência. Mesmo em tempos difíceis, a vaidade, o cuidado e a criatividade estavam presentes. Eu criava moda com o que tinha, me vestia com alegria. Me reconhecia no espelho.
Então veio a maternidade.
Uma alegria imensa. Um sonho antigo finalmente vivido — depois de tantas tentativas.
Mas junto com ela, algo se apagou.
Eu me apaguei.
Passei a viver só para o meu filho.
E por mais que parecesse natural, comecei a desaparecer aos poucos.
Logo eu, Consultora de Imagem, já não me reconhecia como mulher — apenas como mãe.
Meu primeiro filho nasceu em 2017.
E só em dezembro de 2019 comecei a me reenxergar — como mulher, como potência, como pessoa.
Dizia para mim mesma: “2020 será o meu ano.”
Mas o mundo parou.
Veio a pandemia. Vieram mais pausas, mais pesos.
Me perdi. Me reencontrei. Me perdi de novo. Engravidei. Me perdi ainda mais.
E só em 2021, com o nascimento do meu segundo filho, começou um novo capítulo.
Agora é 2025. E posso dizer: eu me vejo.
Consigo me olhar no espelho e gostar do que vejo — não todos os dias, mas cada vez mais.
Consigo respeitar minha história. Honrar meus ciclos. Ouvir o que eu gosto — e o que não gosto.
É leve? Não.
É rápido? Também não.
Mas é real.
E tem sido bonito aprender a me divertir no processo.
Mesmo sendo Consultora de Imagem, nem sempre amo o que vejo no espelho.
E tudo bem.
Antes de ser profissional, sou mulher.
Sou mãe, esposa, empreendedora e tantas outras versões de mim — que precisei dar conta antes de lembrar que eu também mereço cuidado.
É por isso que criei o Reexistir.
Um serviço de Consultoria de Imagem pensado especialmente para mães como nós.
Que precisam lembrar que se colocar na frente, às vezes, não é egoísmo.
Que autocuidado não é futilidade. É sobrevivência.
É voltar a existir — por inteiro.
Quero te fazer um convite:
Que tal se reencontrar com você? Que tal Reexistir?
Acompanhe as novidades, em breve estará disponível aqui pela Plataforma Mães Negras do Brasil!
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