A promoção de hábitos saudáveis como parte integrante do bem-estar e prevenção de doenças
Olá, mulheres maravilhosas! Espero que estejam todas bem!
Hoje, nossa conversa aqui vai abordar assuntos diversos, e quero começar por um acontecimento da semana passada: uma cirurgia de lipoaspiração que levou uma influencer a perder a vida. Minha intenção não é criar julgamentos ou polêmicas, mas fazer uma reflexão sobre o que isso tem a ver com hábitos alimentares, bem-estar e prevenção de doenças. Sabe por que? Porque a relação entre os nossos comportamentos alimentares e saúde mental, incluindo distúrbios alimentares e a pressão estética que sofremos diariamente, muitas vezes, nos fazem buscar por padrões inatingíveis, nos deixam longe da saúde e do que realmente deveríamos nos preocupar quando falamos em estilo de vida saudável: comer para viver melhor e prevenir doenças.
Acontece que, a sociedade contemporânea valoriza a magreza e o culto ao corpo como aspecto exterior significativo de boa forma e saúde, diligenciando as pessoas, mesmo quando tem peso corporal adequado, a apresentarem insatisfação corporal e assim elas acabam a ter por desejo alterá-lo para se adaptar aos padrões sociais, o que pode comprometer sua saúde e qualidade de vida.
Só que, ao mesmo tempo, esse mesmo contexto sociocultural também modela o comportamento alimentar, determinando psiquicamente a relação do indivíduo com a comida, suas preferências e como se organizará a rotina de refeições. O que temos atualmente é um incentivo à rapidez e instantaneidade para um público com escassez de tempo.
Vejam que temos então uma contradição nas proposições sociais e culturais, uma vez que, ao mesmo tempo em que se preconiza um padrão estético magro, há oferta de alimentos que consumidos em excesso pode levar à obesidade e a consequências prejudiciais ao nosso psíquico, que por sua vez pioram a percepção da nossa imagem corporal e conduzem a um comer desordenado e tentativas mal sucedidades de controle de peso. Com isso há tentativas de restrição alimentar para controlar ou diminuir o peso, tentativas de praticar atividades físicas de forma irregular (sem orientação, sem motivação real, sem prazer) e aumento por procura de procedimentos estéticos para soluções rápidas.
Quando pensamos em cuidados com a saúde, principalmente sobre a nossa população negra, que tem menos acessos aos cuidados com a saúde em relação às pessoas brancas, temos que pensar em uma jornada multifacetada que requer atenção especial a diferentes aspectos, incluindo a nutrição, reconhecendo e abordando as especificidades que moldam nossas experiências tais como as diversidades que existem dentro da nossa população bem como as preferências culturais e respeitando a jornada histórica e individual, reconhecendo e celebrando alimentos tradicionais que fazem parte da identidade cultural, proporcionando uma base sólida para uma alimentação saudável.
Ao adotar hábitos alimentares saudáveis, não estamos apenas prevenindo doenças, mas também fortalecendo a saúde mental, emocional e social. O equilíbrio é a chave e escolhas conscientes promovem a vitalidade em todos os aspectos da vida. E como começar a mudar? Anote aí as dicas e comece a incorporar no seu dia a dia!
1) Nutrição: Procure ter uma alimentação predominantemente à base de alimentos integrais, como frutas, vegetais, legumes, leguminosas, grãos, nozes e sementes. Celebre a diversidade alimentar, faça pratos coloridos e fomente uma relação positiva e consciente com a alimentação.
2) Evite substâncias de risco: O álcool e o tabaco estão relacionados com o surgimento de diversas doenças e efeitos deletérios à saúde, por isso devem ser evitados.
3) Exercício: Manter uma prática de exercícios físicos regular e consistente ao longo da vida é essencial para saúde.
4) Relacionamentos saudáveis: A conexão social é fundamental para a resiliência emocional. Relacionamentos saudáveis melhoram a saúde de uma forma geral e o isolamento social está associado ao aumento da mortalidade. Saiba que em nossa comunidade Mães Negras do Brasil você tem um espaço seguro de partilha e acolhimento.
5) Sono: A falta ou a má qualidade do sono podem acarretar riscos à saúde. De acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono ter, pelo menos, 7 horas de sono por noite é o ideal para adultos.
6) Manejo do estresse: O estresse crônico pode levar a efeitos deletérios nos diferentes sistemas corporais. Escolher atividades que sejam prazeroras e também práticas como meditação, yoga, treinamentos de respiração e mindful eating, podem auxiliar no controle do estresse, melhorando a qualidade de vida.
Você pode começar pelo fator que está merecendo mais atenção na sua vida nesse momento. Não precisa mudar todos de uma vez , pois pode ser muito díficil e doloroso.
E lembre-se que você também pode e deve pedir ajuda se precisar.
Nos vemos no próximo artigo!
Um abraço!
Danielle Fava
Nutricionista
CRN3 26112
Referências:
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